1,96 mil atendimentos a suspeitas de câncer de mama no Centenário

Apenas 35 dias foram necessários para a vigilante Maria Teresinha Motta, a Mana, de 40 anos, descobrir, tratar, retirar nódulos e livrar-se de um câncer de mama para retornar ao trabalho. Esse é o resultado da parceria entre o Hospital Centenário e a rede básica de saúde de São Leopoldo para o atendimento a pacientes com suspeita de câncer de mama que recentemente completou um ano. De julho do ano passado a julho deste ano foram 1.962 consultas e 243 procedimentos realizados pelos médicos especialistas na área José Luiz Pedrini e Andrei Gustavo Reginatto. Uma média de 18 pacientes por mês. Antes da parceria, as pessoas com diagnóstico de câncer de mama geralmente procuravam hospitais da região, especialmente os da capital, ou sofriam com a demora para realizar o tratamento.

Desde a parceria, a lei que estabelece o prazo de até 60 dias após a inclusão da doença no seu prontuário para o início do tratamento também está sendo cumprida. “Foi muito rápido. Senti um caroço na mama e procurei a rede básica de São Leopoldo. Fui encaminhada ao hospital Centenário e logo iniciei o tratamento. Passei pelas fases da biópsia, quimioterapia, radioterapia, enfim todos, não é fácil, mas sempre mantive o alto-astral e o pensamento positivo”, conta ela, que também passou a fazer parte do grupo de apoio a mulheres com câncer de mama Força Rosa. “Continuo com os medicamentos, com os exames periódicos e com a força das meninas que já enfrentaram ou ainda enfrentam essa doença. Fazer tudo isso em São Leopoldo foi fundamental para uma recuperação mais rápida. Se tivesse que buscar algum hospital fora daqui, com certeza o estresse e o cansaço prejudicariam”, comenta ela.

Segundo o doutor mastologista José Luiz Pedrini, as unidades básicas de saúde possuem médicos e enfermeiras que podem solicitar as mamografias. Depois de feito o exame, o paciente leva o resultado para a rede e em casos que necessitem de mastologista ele é encaminhado para a regulação que agenda uma consulta no Hospital Centenário. “Aqui eles fazem consultas, exames pré-operatórios e a cirurgia caso precise. As próteses são fornecidas pelo Centenário e depois da operação as pacientes são encaminhados para o serviço de oncologia, caso necessário”, explica ele, que orienta que todas mulheres com mais de 40 anos façam o exame médico anual. Além disso, Pedrini reforça que o diagnóstico precoce reduz os riscos de morte e que as mulheres não precisam mais ficar sem as mamas até curarem-se da doença. “Caso necessite de remoção para o tratamento, elas podem reconstruir a mama na mesma hora. O Centenário é um dos pioneiros em reconstrução de mamas para todas que necessitem.”

Para quem já tem histórico de câncer na família o ideal é iniciar a mamografia a partir de 10 anos antes do primeiro caso familiar. E um alerta: homens pode ter câncer de mama e precisam também fazer o autoexame.

Um problema mundial

O câncer de mama é a maior causa de morte por câncer nas mulheres em todo o mundo, com cerca de 520 mil mortes estimadas por ano. É a segunda causa de morte por câncer nos países desenvolvidos, atrás somente do câncer de pulmão, e a maior causa de morte por câncer nos países em desenvolvimento. Cerca de 1,67 milhões de casos novos dessa neoplasia foram esperados para o ano de 2012, em todo o mundo, o que representa 25% de todos os tipos de câncer diagnosticados nas mulheres.

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimavam para 2014 e 2015, que fossem diagnosticados 57.120 novos casos de câncer de mama no Brasil com um risco estimado de 56,09 casos a cada 100 mil mulheres. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o tipo mais frequente nas mulheres das regiões Sudeste (71,18/ 100 mil), Sul (70,98/ 100 mil), Centro-Oeste (51,30/ 100 mil) e Nordeste (36,74/ 100 mil). Na região Norte, é o segundo tumor mais incidente (21,29/ 100 mil).

Para aumentar as chances de tratamento e cura, é muito importante o diagnóstico precoce do câncer de mama. Para isso, o autoexame é fundamental e, ao qualquer sinal de alteração, procure a rede básica de saúde.

Atividades no Hospital Centenário

O Outubro Rosa é lembrado com diversas atividades no Hospital Centenário. Distribuição de laços, palestras, decoração temática, participação na caminhada da capital e ações para redes sociais são algumas delas. Na segunda-feira os funcionários assistiram a palestra da coordenadora de Educação Continuada Fernanda Estrella que ensinou a maneira correta de fazer o exame de toque e a importância do diagnóstico precoce. 

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Foto Tatiane Brandão

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