Centenário desenvolve planejamento para novo modelo de governança

 

20160330_083606

 

Buscando promover a saúde integral para o bem-estar das pessoas, com serviços médicos assistenciais de excelência, ensino e pesquisa e rumo ao Complexo Hospitalar Centenário, a direção da Fundação convidou um grupo de 40 pessoas, representando todas as áreas do hospital, para apresentar os primeiros passos do Planejamento Estratégico e seus direcionadores estratégicos elaborado com a ajuda do grupo de apoio formado por voluntários com experiência em administração, gestão e saúde. A ideia é, juntos, elaborar a Análise Swot, onde a partir destes direcionadores o grupo avalia os pontos fortes e fracos da instituição e as oportunidades e ameaças do mercado para chegar nos objetivos traçados.

O próximo encontro está agendado para o dia 13 de abril e analisará o resultado da primeira atividade em grupo realizada no dia 30 de março e coordenada pelo diretor da Unidade de Apoio de Administração da Unisinos, Marcos Baum. A partir dessas respostas serão identificadas as potencialidades e debilidades da organização, em cada cenário, em horizontes de médio e longo prazo e definidas as prioridades para alcançar uma vantagem competitiva nos próximos anos.

Entre as forças citadas pelos grupos, que foram divididos em sete pessoas cada, estão a qualificação da equipe de profissionais, a localização do hospital na cidade, salário competitivo e os serviços de alta complexidade. Já nas fraquezas, apareceram tópicos como quadro insuficiente de funcionários, burocracia dos processos de licitação e falta de continuidade de gestão. Entre as ameaças apareceram itens como verbas públicas insuficientes e não implantação do curso de Medicina na Unisinos. Por fim, entre as oportunidades estão o engajamento da população no novo Complexo Hospitalar Centenário, a independência financeira e modernização tecnológica. “Esses pontos de vista dos servidores são muito importantes para que possamos analisar a atual situação e criar alternativas de futuro baseada no que temos, no que precisamos e no que queremos para o Hospital Centenário”, diz o presidente da Fundação, Gilso Gotardo.

Além da apresentação do planejamento estratégico, os participantes assistiram a palestra técnica Características do Hospital Universitário e seu Impacto na Região, apresentada pela professora decana da Escola de Saúde da Unisinos, Denize Ziegler, e pela professora doutora em Ciências Médicas Nêmora Barcellos. “Quando tivermos implantado o curso de Medicina na Unisinos, o novo Complexo Hospital Centenário terá plenas condições de abrigar um dos modelos de escola de saúde”, comenta Nêmora.


Grupo de Apoio

Nomeado em fevereiro, o grupo de trabalho voluntário de apoio ao novo Complexo Hospitalar Centenário é composto, além do presidente Gilso Gotardo, pelos seguintes nomes: Cláudio Seferin, Valdir Loeff, Valdir Mattos, Rosângela Herzer dos Santos, Gustavo Grisa, João Zani, Denize Ziegler, Gustavo Martins, Marcos Braum e Nêmora Barcellos. Todos auxiliaram nas diretrizes estratégicas e deverão acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos de implementação do novo complexo, e especialmente na definição do papel e responsabilidades do Conselho de Administração.
Conselho de Administração

Foi aprovada por unanimidade em 17 de dezembro de 2015, promulgada e publicada em fevereiro deste ano a Lei 8.407 a que reestrutura a Fundação Hospital Centenário. A partir desta lei, cabe a um Conselho de Administração – que ainda está em fase de construção – a decisão sobre quem integrará a presidência da Fundação Hospital Centenário. A partir da lei o prefeito poderá fazer apenas a indicação do nome para presidência, mas a aprovação ficará a cargo deste Conselho. Ou seja, caso o nome indicado pelo prefeito não atenda as exigências para o cargo, o nome não será aprovado pelos integrantes. Além disso, o presidente prestará contas detalhadas da gestão, demonstrando a situação econômica, financeira e patrimonial da entidade, além dos projetos em andamento, com respectivos custos e prazos de conclusão.

Esse Conselho de Administração deverá ser formado, pelo secretário da Saúde, três representantes designados pelo prefeito, sendo um deles da Procuradoria-Geral ou da Procuradoria da Fundação, um da Secretaria da Fazenda e um da Secretaria de Gestão e Governo. Também integrarão o grupo dois representantes designados pelo presidente da Fundação, sendo um deles membro da sociedade civil organizada representando a classe empresarial e um representante qualificado da área da saúde. Ainda, um representante da Reitoria da universidade, um representante da direção da Escola de Saúde, um representante do Conselho Municipal de Saúde e o diretor clínico. Todas as indicações para o Conselho deverão recair sobre pessoas de reputação ilibada e com experiência na condução das matérias relacionadas com os objetivos da Fundação. “Tirando as pessoas que serão indicações da Prefeitura, estamos buscando aquelas que não têm qualquer vínculo partidário e que possam representar a sociedade como um todo, esclarece o presidente da Fundação, Gilso Gotardo.

A lei estabelece também que se tenha um Conselho Consultivo que orientará os negócios da organização, representando e prestando informações de interesse da sociedade. Ainda estabelece uma Diretoria Técnico-administrativa que será incumbida das funções de administração das atividades específicas e auxiliares da Fundação. Os nomes que integrarão esses órgãos já deverão ter a aprovação do Conselho de Administração.
Depoimentos sobre o seminário

Breno Millman, vice-presidente médico do HC

Quando fui convidado a vir aqui achei que seria mais uma reunião para conhecer o projeto do Novo Complexo Hospital Centenário, que já vi muitas vezes. Não imaginava que teríamos um encontro tão produtivo, com um enfoque tão voltado a melhorias ao hospital e envolvendo todas as áreas em busca de um só objetivo.”
Elenice Maria Becker, técnica de enfermagem

O Centenário sobreviverá com ou sem os massacres da falta de repasses. Temos um grande amigo e ele precisa de ajuda, então vamos arregaçar as mangas e trabalhar pois grandes empresas e grandes projetos existem. Estamos falando de sobreviver a todos os que o tornam alvo político. Não tem nada a ver com política e sim para a cidade de São Leopoldo com ajuda de grandes empresas, gente pensante e amantes da saúde.”
Raquel Janaína, técnica de enfermagem

Fiquei feliz e satisfeita, logo empolgada e determinada a ajudar porque notei nas palavras do Gilson Gotardo e de todos os demais palestrantes que o projeto tem como principal objetivo manter o nome, a tradição e a independência do Hospital Centenário. Sem vínculos políticos, mas com parceria de uma universidade de grande importância no Rio Grande do Sul. Me sinto satisfeita que a Unisinos queira a parceria com nosso hospital. É sinal de esforço reconhecido, pois a Unisinos não aposta em fracassos.”
João Carlos Hoeffel, médico

Acho a ação muito válida, já que buscar informações é a base para um planejamento de futuro. Acredito que a falta de continuidade dos projetos é o nosso principal problema. Precisamos de um plano de ação que vá seguir, independente dos rumos do município. O gerenciamento de pessoal também é essencial e isso também está nas diretrizes estratégicas.

 

20160330_083758 20160330_125709 20160330_125759 20160330_125819 20160330_125827 20160330_125833 20160330_125838 20160330_125846 20160330_125855 20160330_125901 20160330_125908 20160330_125915 20160330_125951

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *