Buscando promover a saúde integral para o bem-estar das pessoas, com serviços médicos assistenciais de excelência, ensino e pesquisa e rumo ao Complexo Hospitalar Centenário, a direção da Fundação convidou um grupo de 40 pessoas, representando todas as áreas do hospital, para apresentar os primeiros passos do Planejamento Estratégico e seus direcionadores estratégicos elaborado com a ajuda do grupo de apoio formado por voluntários com experiência em administração, gestão e saúde. A ideia é, juntos, elaborar a Análise Swot, onde a partir destes direcionadores o grupo avalia os pontos fortes e fracos da instituição e as oportunidades e ameaças do mercado para chegar nos objetivos traçados.
O próximo encontro está agendado para o dia 13 de abril e analisará o resultado da primeira atividade em grupo realizada no dia 30 de março e coordenada pelo diretor da Unidade de Apoio de Administração da Unisinos, Marcos Baum. A partir dessas respostas serão identificadas as potencialidades e debilidades da organização, em cada cenário, em horizontes de médio e longo prazo e definidas as prioridades para alcançar uma vantagem competitiva nos próximos anos.
Entre as forças citadas pelos grupos, que foram divididos em sete pessoas cada, estão a qualificação da equipe de profissionais, a localização do hospital na cidade, salário competitivo e os serviços de alta complexidade. Já nas fraquezas, apareceram tópicos como quadro insuficiente de funcionários, burocracia dos processos de licitação e falta de continuidade de gestão. Entre as ameaças apareceram itens como verbas públicas insuficientes e não implantação do curso de Medicina na Unisinos. Por fim, entre as oportunidades estão o engajamento da população no novo Complexo Hospitalar Centenário, a independência financeira e modernização tecnológica. “Esses pontos de vista dos servidores são muito importantes para que possamos analisar a atual situação e criar alternativas de futuro baseada no que temos, no que precisamos e no que queremos para o Hospital Centenário”, diz o presidente da Fundação, Gilso Gotardo.
Além da apresentação do planejamento estratégico, os participantes assistiram a palestra técnica Características do Hospital Universitário e seu Impacto na Região, apresentada pela professora decana da Escola de Saúde da Unisinos, Denize Ziegler, e pela professora doutora em Ciências Médicas Nêmora Barcellos. “Quando tivermos implantado o curso de Medicina na Unisinos, o novo Complexo Hospital Centenário terá plenas condições de abrigar um dos modelos de escola de saúde”, comenta Nêmora.
Grupo de Apoio
Nomeado em fevereiro, o grupo de trabalho voluntário de apoio ao novo Complexo Hospitalar Centenário é composto, além do presidente Gilso Gotardo, pelos seguintes nomes: Cláudio Seferin, Valdir Loeff, Valdir Mattos, Rosângela Herzer dos Santos, Gustavo Grisa, João Zani, Denize Ziegler, Gustavo Martins, Marcos Braum e Nêmora Barcellos. Todos auxiliaram nas diretrizes estratégicas e deverão acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos de implementação do novo complexo, e especialmente na definição do papel e responsabilidades do Conselho de Administração.
Conselho de Administração
Foi aprovada por unanimidade em 17 de dezembro de 2015, promulgada e publicada em fevereiro deste ano a Lei 8.407 a que reestrutura a Fundação Hospital Centenário. A partir desta lei, cabe a um Conselho de Administração – que ainda está em fase de construção – a decisão sobre quem integrará a presidência da Fundação Hospital Centenário. A partir da lei o prefeito poderá fazer apenas a indicação do nome para presidência, mas a aprovação ficará a cargo deste Conselho. Ou seja, caso o nome indicado pelo prefeito não atenda as exigências para o cargo, o nome não será aprovado pelos integrantes. Além disso, o presidente prestará contas detalhadas da gestão, demonstrando a situação econômica, financeira e patrimonial da entidade, além dos projetos em andamento, com respectivos custos e prazos de conclusão.
Esse Conselho de Administração deverá ser formado, pelo secretário da Saúde, três representantes designados pelo prefeito, sendo um deles da Procuradoria-Geral ou da Procuradoria da Fundação, um da Secretaria da Fazenda e um da Secretaria de Gestão e Governo. Também integrarão o grupo dois representantes designados pelo presidente da Fundação, sendo um deles membro da sociedade civil organizada representando a classe empresarial e um representante qualificado da área da saúde. Ainda, um representante da Reitoria da universidade, um representante da direção da Escola de Saúde, um representante do Conselho Municipal de Saúde e o diretor clínico. Todas as indicações para o Conselho deverão recair sobre pessoas de reputação ilibada e com experiência na condução das matérias relacionadas com os objetivos da Fundação. “Tirando as pessoas que serão indicações da Prefeitura, estamos buscando aquelas que não têm qualquer vínculo partidário e que possam representar a sociedade como um todo”, esclarece o presidente da Fundação, Gilso Gotardo.
A lei estabelece também que se tenha um Conselho Consultivo que orientará os negócios da organização, representando e prestando informações de interesse da sociedade. Ainda estabelece uma Diretoria Técnico-administrativa que será incumbida das funções de administração das atividades específicas e auxiliares da Fundação. Os nomes que integrarão esses órgãos já deverão ter a aprovação do Conselho de Administração.
Depoimentos sobre o seminário
Breno Millman, vice-presidente médico do HC
“Quando fui convidado a vir aqui achei que seria mais uma reunião para conhecer o projeto do Novo Complexo Hospital Centenário, que já vi muitas vezes. Não imaginava que teríamos um encontro tão produtivo, com um enfoque tão voltado a melhorias ao hospital e envolvendo todas as áreas em busca de um só objetivo.”
Elenice Maria Becker, técnica de enfermagem
“O Centenário sobreviverá com ou sem os massacres da falta de repasses. Temos um grande amigo e ele precisa de ajuda, então vamos arregaçar as mangas e trabalhar pois grandes empresas e grandes projetos existem. Estamos falando de sobreviver a todos os que o tornam alvo político. Não tem nada a ver com política e sim para a cidade de São Leopoldo com ajuda de grandes empresas, gente pensante e amantes da saúde.”
Raquel Janaína, técnica de enfermagem
“Fiquei feliz e satisfeita, logo empolgada e determinada a ajudar porque notei nas palavras do Gilson Gotardo e de todos os demais palestrantes que o projeto tem como principal objetivo manter o nome, a tradição e a independência do Hospital Centenário. Sem vínculos políticos, mas com parceria de uma universidade de grande importância no Rio Grande do Sul. Me sinto satisfeita que a Unisinos queira a parceria com nosso hospital. É sinal de esforço reconhecido, pois a Unisinos não aposta em fracassos.”
João Carlos Hoeffel, médico
“Acho a ação muito válida, já que buscar informações é a base para um planejamento de futuro. Acredito que a falta de continuidade dos projetos é o nosso principal problema. Precisamos de um plano de ação que vá seguir, independente dos rumos do município. O gerenciamento de pessoal também é essencial e isso também está nas diretrizes estratégicas.