Com a presença de representantes de diversas entidades, governamentais e não-governamentais, foi criado, na tarde desta terça-feira, dia 19, na Câmara Municipal, o Comitê Popular em Defesa do Hospital Centenário. Proposição da Comissão Suprapartidária de Vereadores em Defesa do Centenário, o Comitê surge como mais um importante movimento realizado para salvar o Centenário da grave crise enfrentada em razão da falta de recursos e da disparidade de investimentos entre município (70%), União (26%) e Estado (2,95%).
Conduzida pela vereadora Ana Affonso (PT), a reunião iniciou com uma apresentação da situação do hospital, feita pela vice-presidente de Operações Lilian Silva e pelo vice-presidente Administrativo Anésio Bohn.
Em sua fala, o prefeito Ary Vanazzi reforçou o apelo que tem feito nas diversas atividades em que a crise do hospital é debatida: “A participação da sociedade é estratégica e essencial nesta luta, porque entramos de cabeça neste debate e vamos resolver a crise para reerguer a cidade”, disse.
Segundo Vanazzi, o município precisa voltar a dar atenção à saúde preventiva da população, que é seu papel, e o Estado e a União devem repassar o que é justo ao Hospital Centenário. “Queremos ser respeitados e tratados como qualquer outro ente da federação. Não há no Rio Grande do Sul um hospital que atenda o número de pessoas que atendemos e que receba tão poucos repasses do governo do Estado quanto o Centenário”, ressaltou o prefeito.
O Comitê terá sua primeira reunião de trabalho na próxima quinta-feira, dia 21, às 13h30min, na Câmara de Vereadores, para definir as próximas atividades a serem realizadas. Um dos encaminhamentos aprovados foi a mobilização dos municípios que encaminham pacientes ao Centenário e que, com a redução de serviços, também serão penalizados. “É imprescindível o envolvimento da região, porque quando não atendemos aqui, eles têm problemas. A solução do nosso problema também é a solução para eles”, reforçou Lilian Silva.
Também participaram reunião a vice-prefeita Paulete Souto, vereadores de várias bancadas da Câmara Municipal, Secretaria Municipal da Saúde, representante da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, da Acist, CDL, representantes de entidades religiosas, de associações de bairros, e representantes sindicais.