Desde janeiro deste ano o Hospital Centenário, em São Leopoldo, já investiu em medicamentos que compõem o kit intubação R$ 3.127,792. Neste período foram adquiridas, e utilizadas, 113,840 mil doses de anestésicos, sedativos e bloqueadores para atender a demanda da instituição, especialmente a Área Covid.
Os valores representam a oscilação de preços no mercado, a dificuldade de produção e distribuição enfrentadas pelas instituições de saúde. Um exemplo é o custo do Midazolan. Em março de 2020, uma ampola custava R$ 3,06 enquanto em março deste ano o mesmo medicamento era vendido a R$ 19,30, chegando a R$ 24,00 em junho, um aumento superior a 600%.
Ao longo de todo o ano de 2020, os investimentos com os mesmos medicamentos chegaram a R$ 953.123,380 para a aquisição de 75.704 mil doses. “O Centenário não está medindo esforços para manter a qualidade no tratamento dos pacientes que necessitam deste conforto mesmo que isso onere a instituição”, afirma a presidente da Fundação Hospital Centenário, Lilian Silva.
Para o prefeito Ary Vanazzi, este aumento representa mais um absurdo enfrentado pelos gestores na pandemia. “Além do número crescente de casos, de óbitos, de internações e a vacinação a passos de tartaruga, ainda os insumos, quando encontramos, sofreram esse aumento abusivo”, destaca o prefeito.
Os recursos investidos pelo Hospital Centenário são oriundos dos recursos pagos pelo Ministério da Saúde pela habilitação dos leitos de UTI, do teto MAC, que é o limite financeiro disponível para custeio de ações e serviços de saúde de média e alta complexidade determinados pelo Fundo Nacional da Saúde (FND), emendas de custeio e recursos do município.
[Foto: Laura Santos | Texto: Aline Marques. Jornalista Mtb 8.929 | Comunicação Hospital Centenário]