ESPECIALISTAS FALAM SOBRE PREVENÇÃO E TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA

Na reta final das atividades alusivas ao Outubro Rosa, quatro especialistas estiveram em São Leopoldo, na tarde de quinta-feira, 25 de outubro, para o seminário “Cuidados preventivos contra o câncer de mama”. Presente na abertura do evento, o prefeito Ary Vanazzi destacou a importância da prevenção não apenas do câncer, mas de todas as doenças. “Trabalhamos fortemente para superar as dificuldades financeiras e estruturar nossa rede de atenção básica de saúde para que atue na prevenção”, salientou.

A vice-prefeita Paulete Souto; a secretária de Políticas para Mulheres, Danusa da Silva; a presidenta do Hospital Centenário, Quelen da Silva; o diretor da Oncologia Centenário, Adalberto Broecker Neto; a presidenta da Liga Feminina de Combate ao Câncer, Carmen Berner; e a vice-presidenta da Associação Força Rosa, Inês Becker, todos organizadores do Outubro Rosa deste ano, fizeram parte da mesa de abertura do seminário.

Coube ao diretor da Oncologia Centenário, o oncologista clínico Adalberto Broecker Neto, a palestra de abertura. Ele apresentou um histórico da doença e a evolução do tratamento, através dos séculos. À plateia que lotou o Salão Nobre da Secretaria de Educação, o primeiro oncologista do Rio Grande do Sul garantiu: “O câncer de mama sempre existiu, temos registros. Ocorre que, assim como o Alzheimer, trata-se de uma doença que acomete pessoas com mais idade.  Não se falava dele até alguns séculos atrás porque a média de longevidade das pessoas era entre 25 e 30 anos”, lembrou. Ao falar sobre as primeiras drogas que se mostraram efetivas, do surgimento da mamografia e da ecografia,  e das primeiras curas de tumores, o oncologista reforçou a importância da prevenção e do diagnóstico precoce como armas eficazes para o seu combate.

TRATAMENTO E CURA

O coordenador do Serviço de Mastologia do Hospital do Câncer Mãe de Deus, Felipe Zerwes, insistiu no conhecimento como fator de empoderamento das mulheres contra a doença. “É preciso que não haja mais mitos e medos em relação ao câncer. Não podemos assustar, mas informar e combater pelo acesso universal das mulheres aos serviços, explicando que o câncer tem tratamento e tem cura. Se a paciente não tem acesso, ela tem mais chances de morrer”, enfatizou. O mastologista falou também sobre a evolução das cirurgias de mama, e da importância de equipes multidisciplinares na condução do tratamento. “O melhor tratamento é aquele feito parceria, em que as cirurgias podem ser de menor porte quando tem-se, na continuidade, a radioterapia, a quimioterapia”, explicou.

A oncologista clínica da Oncologia Centenário, Hospital Regina e Hospital Mãe de Deus, Juliana Luz Scheffer, elucidou dúvidas sobre o tratamento de quimioterapia e logo de início deixou claro: “Cada vez mais nós vamos usar menos a quimioterapia”. Explicou, porém, que o método ainda é necessário, em muitos casos. Na sua fala, também trouxe a importância da prevenção por meio de hábitos saudáveis, como não fumar, praticar exercícios físicos e manter o peso adequado. Ainda sobre quimioterapia, a oncologista esclareceu que os efeitos colaterais variam de acordo com cada paciente e que a equipe médica está sempre atenta para tornar processo o mais agradável possível.

A palestra de encerramento do seminário foi da médica radio-oncologista da Oncologia Centenário, Juliana Di Vita, que explicou sobre o tratamento de radioterapia. O público, composto em sua maioria por mulheres que têm ou já tiveram câncer de mama, manteve-se atento e interagiu com frequência para elucidar dúvidas. Quase todo mundo que têm câncer de mama precisa de radioterapia”, afirmou a médica. Ela mostrou, por slides,  o aparelho que aplica o tratamento e citou alguns cuidados necessários a quem passa pelo processo: evitar o sol, banho quente e depilação na área de aplicação.

 

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