Com o anúncio das medidas do Governo do Estado, que corta recursos para o Hospital Centenário, a Câmara Municipal de São Leopoldo reativou nessa segunda-feira, 23, o Comitê Popular em Defesa do Hospital Centenário. Com os cortes anunciados, o Hospital Centenário deixa de receber R$ 165 mil por mês, o quê, certamente, vai afetar diretamente no atendimento aos pacientes no hospital 100% SUS.
A presidenta da Fundação Hospital Centenário, Lilian Silva, lembrou que o hospital é regional, com emergência de portas abertas, perde recursos, mas não as responsabilidades. Diferente de instituições menores que vão receber recursos sem aumentar as responsabilidades. “Vamos perder uma quantia importante, mas a população referenciada será a mesma, nós não temos um número menor de pacientes para atender e não teremos menos responsabilidades, nem atenderemos menos especialidades”, comentou.
Autoridades municipais e comunidade participaram da audiência pública, coordenada pela presidenta do legislativo, Ana Afonso (PT). De acordo com o prefeito, Ary Vanazzi, os recursos começam a ser retirados a partir de setembro. “Com este programa, Eduardo Leite destrói a saúde pública do Rio Grande do Sul, em especial da grande Porto Alegre. Este movimento aqui na cidade é de resistência na defesa do SUS e da defesa da Saúde Pública”, destacou.
Conforme o secretário Municipal da Saúde, Marcel Frison, o programa “Assistir” vai tirar dinheiro dos hospitais públicos para investir nos privados, sem aumentar as responsabilidades de atendimento. “Com este programa, o governo realoca o dinheiro mas não altera os hospitais referenciados”, salientou.
Participaram da audiência os vereadores Gabriel Dias (Cidadania), Iara Cardoso (PDT), Tiago Silveira (PT), Hitler Pederssetti (DEM), Rafael Souza (PDT) e Fabiano Haubert (PDT) , representantes do gabinete da vereadora Nadir Jesus (PT) e o vice-presidente do Conselho Municipal de Saúde, Sérgio Dienstmann.
| Comunicação Hospital Centenário |