Conhecida há séculos, a Sífilis é uma infecção silenciosa, sexualmente transmissível, porém, é facilmente diagnosticada, possui tratamento, e o medicamento é disponibilizado gratuitamente na rede de saúde pública. Mesmo assim, vem crescendo no país, e, nos últimos anos, atingiu status de epidemia. Porto Alegre está em primeiro lugar no ranking nacional em incidência de casos de Sífilis, enquanto São Leopoldo ocupa o 42º lugar.
Como a taxa de transmissão da mãe para o bebê é de 80% durante a gestação, e o Hospital Centenário já contabiliza 39 casos de bebês recém-nascidos tratados desde o início deste ano, nesta terça-feira a instituição recebeu a neonatologista Rosana da Fonseca, e a apoiadora do projeto Resposta Rápida à Sífilis do Ministério da Saúde, Sandra Lavarda, para a palestra Linhas de Cuidado em Sífilis e Sífilis Congênita na Maternidade: O Enfrentamento da Epidemia.
Ao dar as boas-vindas as palestrantes, aos profissisonais do Hospital, da Rede Municipal de Saúde, professores e alunos do curso de Medicina da Unisinos que participavam da palestra, a presidenta do Centenário, Lilian Silva, enfatizou a importância de atividades realizadas em rede, para o enfrentamento de epidemias como esta.
Como a Sífilis é uma doença assintomática, na maioria das vezes, o recado aos profissionais da área de saúde é direto: desconfiar sempre, ampliando o olhar para identificar e, assim, tomar atitudes que podem ter grande impacto para melhorar a situação da saúde da população.
