Todos os anos, o Brasil desperdiça 3% do Produto Interno Bruto (PIB), cerca de R$ 220 bilhões, para pagar os custos decorrentes dos acidentes de trânsito. É o que aponta um estudo feito pela Organização das Nações Unidas (ONU). Na quarta-feira, 18 de maio, a secretária de Segurança Pública e Defesa Comunitária, Giselda Matheus, e o presidente da Fundação Hospital Centenário, Nestor Schwertner, participaram de uma ação alusiva ao Maio Amarelo com a distribuição de materiais informativos para motorista que passavam em frente ao shopping.
O Movimento Maio Amarelo foi criado pelo Observatório Nacional de Segurança Viária em 2014, com a proposta de chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortos e feridos no trânsito em todo o mundo. De acordo com a campanha Maio Amarelo, entre os principais problemas relacionados ao elevado número de acidentes de trânsito no Brasil está o comprometimento do atendimento nos serviços de saúde.
Entre 2009 e 2019, os acidentes resultaram em 1,6 milhão de pessoas feridas, o que custou R$ 3 bilhões ao Sistema Único de Saúde (SUS) durante o período. De acordo com estudo de 2020 realizado pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação, 53,7% dos acidentes ocorrem por negligência.
A secretária Giselda destacou que a intenção é colocar em pauta o tema segurança viária e mobilizar toda a sociedade, envolvendo os mais diversos segmentos. “Temos a preocupação constante em reduzir acidentes de trânsito. Isso passa por criarmos um ambiente mais fraterno e educado quando o assunto é trânsito. O primeiro passo é a conscientização para a construir uma mobilidade mais humana e segura”, comentou.
Fundação Hospital Centenário, Nestor Schwertner, falou sobre os gastos gerados com socorro, tratamentos médicos, investigação e outros prejuízos causados pela redução e perda de produtividade. “A imprudência é um dos principais causadores dos acidentes de trânsito. E essa imprudência gera recursos que poderia ser usado em outras áreas da saúde ou até mesmo investimentos em educação. É um círculo vicioso, quanto menos investimos em saúde e educação, mais inseguro é nosso trânsito”, apontou.
[Fotos: Alessandra Fedeski |Jornalista: Rodrigo Machado – MTb 14.433 |Scom/PMSL]