O atendimento do setor, concentrado na assistência a pacientes da Rede AVC, que realiza em média 50 atendimentos por mês, também pode ser acionado em casos como traumatismo crânio-encefálico (TCE), traumatismo raquimedular (TRM), transtornos neuropsicomotores, transtornos do espectro autista (TEA), entre outros. A terapeuta ocupacional, que integra uma equipe multiprofissional na instituição, Viviane Mello, destaca a importância do atendimento para pacientes e familiares. “O início precoce da intervenção durante a internação é crucial, abrangendo não apenas o paciente, mas também as famílias e cuidadores, proporcionando suporte emocional e orientações ao longo de todo o processo de internação, preparação para alta e pós-alta hospitalar.”
Entre os projetos de Viviane para o próximo ano, estão uma sala de reabilitação dentro da unidade AVC, além do redimensionamento e estruturação da sala de recreação já existente na pediatria em uma brinquedoteca e uma intervenção na emergência pediátrica, na sala de atendimentos pacientes com TEA. “A Terapia Ocupacional é uma profissão de saúde que intervém em prejuízos no desempenho das ocupações humanas, seja por questões físicas, emocionais, mentais, cognitivas, seja por uma disfunção permanente ou temporária. Ela busca resgatar habilidades deficitárias, promover autonomia e melhor desempenho ocupacional através de ocupações significativas para o paciente, alinhadas aos seus interesses e contexto de vida”, coloca Viviane.
A Terapia Ocupacional no contexto hospitalar
As atribuições do setor no contexto hospitalar envolvem avaliação dos componentes de desempenho do paciente (motor, cognitivo, sensório perceptivo e psíquico), reabilitação funcional, treino de AVD’s- atividades de vida diária e AIVD’s- atividades instrumentais de vida diária, posicionamento de paciente no leito, confecção de coxins e adaptações de utensílios, prescrição de órteses para membros superiores, prescrição e encaminhamento de cadeira higiênica e cadeira de rodas, estímulo à cognição, suporte emocional, promoção da escuta qualificada e expressão de sentimentos, minimização do impacto da internação, assistência na ressignificação do cotidiano pós-alta, suporte lúdico para atenuação dos efeitos negativos da internação (no caso de atendimentos na área infantil)e orientações abrangentes aos pacientes, familiares, acompanhantes e/ou cuidadores.
Texto: Jornalista Alessandra Fedeski- Mtb. 17.348 | Fotos: Geisiely Vargas.
